Neste link podem consultar a explicação do logótipo em vídeo e memória descritiva.
Há mais material de pesquisa que poderiam ser publicados e referidos, mas reduziu-se ao essencial das imagens (valem mais que 1000 palavras) para explicar este processo tão "intimista" e que normalmente não costumo partilhar.
Não é muito importante a ordem, mas se se quiser ter uma leitura cronológica da evolução do processo de criação do logótipo da Marca Turística de Cabo Verde, este blog deverá ser lido do fim para o início.
(Rafael Fernandes, arquitecto)
Di Books,
ResponderEliminarUm grande abraço!
Bonito gesto.
Eu conheço-te há muito tempo e sei do teu profissionalismo e da qualidade do teu trabalho.
Não ligues às bocas de maus perdedores.
Gostei bastante das imagens a explicar como chegaste ao logo final. Grande trabalho! Estás de parabéns.
beijinhos
(depois digo-te quem sou)
Está claro para toda a gente ver que não houve plágio coisa nenhuma. Como se pode manchar o nome de uma pessoa assim do nada? Haja paciência! Haja Saco!
ResponderEliminargostei
ResponderEliminarRafael, felicito-te por teres ganho o concurso, e quero dizer-lhe que não tenho nada contra voce, e apenas do meu ponto de vista de um profissional da área existem lacunas em todo esse processo.
ResponderEliminarPrimeiramente LOGOMARCA, é uma palavra que simplesmente não existe, alias existe sim e é um neologismo que se usou para designar logótipo, marca símbolo.
Com esse neologismo o pessoal foi usando indevidamente essa palavra, mas erradamente. Logo vem do grego logos que é conhecimento ou palavra. Logomarca seria palavra-marca ou conhecimento-marca...
Infelizmente pessoas continuam usando e promovendo indevidamente essa palavra é lamentável isso.
Quanto à Marca que desenvolveste... apresentas apenas o processo de costrução, mas para quem é da área sabe que esse é a ultima etapa do processo. Faltou a parte principal, o CONCEITO, onde você apresenta o fundamento que te levou a esse ponto. Ali que e você explica como aplicou cada etapa pedida no Edital da marca.
Não achas que usar tantas cores prejudica a fixação e a identidade da marca? E a aplicação dela... quando temos assim uma marca tão colorida e aplicando no negativo parece que ela pede totalmente a identidade e a essência dela. As assinaturas: porque foram feitas com 3 tipos de fontes auxiliares totalmente diferentes uma da outra? Qual deve ser aplicada e em que momento usar uma e não outra? Apresente seu fundamento quanto a esse tema que deixou duvidas.
Na aplicação individual da ilhas achei muita poluição visual quando usaste o traço de todas as ilhas sobrepostas. Poderias apenas utilizar só a ilha destacada na sua cor original. Ficaria bem mais legível, mais limpo e mais agradável visualmente.
Não apresentaste a aplicação da marca em redução (caneta, chaveiro, etc..). Não especificaste a aplicação do símbolo separadamente da tipologia. Normalmente prevê-se esse item importante. A aplicação da Fonte em cima do símbolo compromete o equilíbrio da composição. Não entendi porque que na fonte trabalhaste com formas estruturadas, fonte grossa, em maiúsculas, o que representa solidez, imponência, enquanto que no símbolo usaste formas curvas, suavidade e sensibilidade. Enfim fiquei na duvida sobre o que realmente querias representar nesse composição.
Rafael, mais uma vez eu falo que não tenho nada contra você pessoalmente, talvez a culpa nem seja tua, mas fiquei sim indignado da forma como se conduziu todo esse processo. Pergunto: porque que na composição do júri não tinha uma pessoa sequer especializada em criação e gestão de marcas? Entendo que tenha tantas pessoas envolvidas com Turismo mas pelo menos poderiam ter pessoas que entendem que uma marca engloba muito mais de que aparência visual.
Abraço
Espero que os difamadores e gente sem ocupação nesta vida tenham a ombridade de pedir as desculpas ao vencedor e de reconhecer, aqui, um trabalho profundo e de qualidade!
ResponderEliminarEste logo representa, de facto, CV no seu todo (e não apenas Sol & Praia) e não com uma perspectiva REDUTORA e de EXCLUSÃO das potencialidades das outras ilhas!
Por outro lado, duvido que tenha havido, no Mundo inteiro, um processo tão democrático quanto foi este, ao se dar a possibilidade a TODOS OS NACIONAIS (residentes e na diáspora) de apresentarem propostas de logomarcas para o Turismo de CV...DUVIDO!!!!!!!
O logo tem MUITA FORÇA e a nível do "marchandising", o céu é o limite!
Bem hajam os promotores desta iniciativa (poderia ter sido encomendado a uma empresa estrangeira, como tem sido hábito em CV)!
Bem hajam os concorrentes!
Bem haja o vencedor - Rafael Fernandes!
Bem hajam os cabo-verdianos!
Excelente, caro Rafael Fernandes.
ResponderEliminarDevo dizer que gostei do logo, embora (na minha modesta opinião) achei que a escolha da font pode ser melhorada (agora, vendo as aplicações a preto e branco até fico com dúvidas) e, também, achei que a capitalização/espessura da font fosse um tanto ou quanto agressiva (mais uma vez, na versão a preto e branco isso já não acontece).
De todo o modo, queria só dizer-lhe que desde o início deplorei a maneira como o logo foi atacado online (e, por arrastamento, você, o autor). Por isso, não quis dar o meu nome ao debate.
Alguns criticaram o processo (concurso público vs. empresa especializada), algo com o qual concordo em principio, mas até essas críticas não podiam alguma vez ser dirigidas ao autor, pois você não tem culpa por um (eventual) erro de palmatória por parte dos responsáveis nesta matéria.
Dito isto, embora não o conheça, queria "enviar-lhe" um abraço pois demonstra muita coragem (eu, no seu caso, acho que nem responderia e acabaria por ter que suportar ver o meu nome vilipendiado à boa maneira medíocre que nos caracteriza como povo, nós caboverdianos).
Enfim, espero que agora se inicie um verdadeiro debate à volta disto, e que os que tiveram a coragem de estar a "kobá-lo" a si e ao seu logo (até em fóruns públicos estrangeiros, onde todos, não-nacionais inclusive, tiveram a oportunidade de ver como é que nós caboverdinos gostamos de nos comportar) tenham agora, também, a coragem de vir a ser construtivos e participar para ajudar a construir algo que deve ser de todos nós.
Espero vir a identificar-me a 100% com a versão final do logo, seja ele este seu ou outro (quanto ao seu, ainda não estou lá, mas tudo é uma construção e pode ser melhorado, tanto o logo como a minha concepção sobre ele). ;-)
Abraço fraterno
P.S. Já agora, os logos individuais das ilhas são, a meu ver, excelentes. Talvez, uma ou outra cor pode precisar ser consensualizada para evitar ferir susceptibilidades. Também, não sei se reparou (eu acabo de fazê-lo agora mesmo), quanto as ilhas estão juntas quase que se parecem com uma tartaruga. Algo que, eventualmente, pode ser explorado?
Obg a todos pelos comentários.
ResponderEliminarNão sei se repararam, mas o logo já nem é meu! ;)
Tive de assinar um documento a ceder todos os direitos. Queria fazer uma t-shirt com a aplicação do logo e um autocolante para colocar no meu carro, mas infelizmente não posso ;)
O logótipo da marca Cabo Verde (assim tá bem?) passou a ser propriedade do Estado de Cabo Verde.
Outra coisa, cmg é "tu cá, tu lá", sem "você" ;)
só não gosto de ser tratado por você e por tu ao mesmo tempo. Isso baralha-me ... ou uma coisa ou outra ;)
Muitas das respostas às questões levantadas, estão na memória descritiva, no manual de normas e outras terão de ser trabalhadas a partir de agora para a frente. Este é apenas o início de um grande e complexo processo. Não queiram exigir tudo de uma vez só num simples de concurso.
Estão a trabalhar para que Cabo Verde tenha uma marca turística. bem ou mal, com crítica ou sem crítica, lançaram o concurso.
Eu fiz a minha parte: participei. O Juri teve a ingrata tarefa de escolher a proposta vencedora. Boa ou má, escolheram a minha proposta.
Por mais que estejam chateadas, peço às pessoas para não passarem um atestado de incompetência aos membros do Juri, ao vencedor, ao processo, enfim a tudo! Não é justo nem é motivador. Sei que a curva normal de Gauss explica bem o "fenómeno", mas os extremos não virar extremistas do "bota abaixo".
Se não tivessem escolhido o meu logo, ficaria contente na mesma e não diabolizava o processo e as pessoas envolvidas. É feio esse comportamento, mas cada um sabe de si.
Estou aberto para continuar a colaborar com este processo, que de certeza contará com a intervenção de mais pessoas, mais especialistas e mais "inputs" serão dados, para a melhoria do logo e suas adaptações em função do plano de marketing e campanhas específicas que serão lançadas.
Cada um terá de fazer a sua parte, para que o Todo seja feito. Esta é uma das mensagens (se calhar a mais forte) subjacente ao logo!
Salim, obg pelas palavras.
Abraço
"Outra coisa, cmg é "tu cá, tu lá", sem "você" ;) ..."
ResponderEliminarNão sei se tu sabes ou se percebeste, moro há 5 anos no Brasil. E pelo optimo profissional que és, deves saber que aqui só se usa você. Então peço desculpas se não tiveres entendido essa questão. Se usei alguns "vocês" foi por mera distracção. Entendido?
Deixo então alguns trechos de comentarios teus defendendo a sua marca (LOGOTIPO é uma marca formada apenas pelo uso de uma fonte, alterada ou nao. Ex. Marlboro):
"Para mim é o elemento de menor importância/peso do conjunto." (comentario teu num outro post deste teu blog)
" ...serão dados, para a melhoria do logo e suas adaptações ..."
abraços
Antes de mais um Bom Dia de Independência, um bom 5 de Julho.
ResponderEliminarEu entendo o logótipo como um todo, formado essencialmente por duas partes: o símbolo + o lettring.
Vários exemplos: Nike será o mais elucidativo (?)
Eu (pessoalmente) dou mais importância ao símbolo, é o elemento que normalmente gosto mais e que "tipifica" mais um determinado produto.
exemplo: outra vez Nike ... toda a gente reconhece a marca pelo símbolo. O símbolo pode até aparecer isolado que toda a gente reconhece, certo?
vamos ao exemplo Marlboro: lembram-se com certeza da proibição de publicidade de tabacos pela Fórmula 1. Lembram-se do espaço em branco nos monolugares da Ferrari??? ... Apesar disso, a simbologia (o shape branco - faltava apenas o triângulo vermelho, tb seria óbvio de mais) nunca deixou de lá estar e a publicidade da marca continuou e continua (?) a funcionar sem estar lá o lettring, certo?
Esse é um dos objectivos do logo ... que seja reconhecido pelo símbolo da marca Cabo Verde (as ilhas em cadeia de união) que lhe dá característica de autenticidade.
Pessoal, já estou a perder algum tempo com isto e estou a deixar outras trabalhos e affair's por fazer.
Preciso de continuar com a minha rotina de vida, tomar ar, contemplar a natureza, apanhar sol, ver o nosso mar a bater nas nossas rochas, ver as nossas pedras, beber umas jolas (chopes, como "vocês" dizem no brasil) ... mas não me estão a deixar, pá! ;)
Um dia tomamos um copo ou um café e debatemos melhor as ideias.
*: acabaram de me mostrar o "pak" Evax cottonlike ... e a sério que não consigo parar de rir! ;) ... oh meu Deus, nãooooo ... mais acusações por causa do lettring, não! Please!
;)
Abraços
Sejam felizes.
Olá a todos!
ResponderEliminarFico contente por ver este blog a aparecer. Tenho feito buscas para saber o que é que se está a passar com o processo da marca Cabo Verde, depois de ter recebido links de blogs cujo conteúdo acho lamentável. Sou designer e cabo verdiana, mas infelizmente não moro na minha terra por motivos profissionais. De qualquer maneira acho deplorável o que estão a fazer com a imagem da nossa gente.
Trabalho em design criativo numa empresa multinacional e acho inacreditável os argumentos que estão a ser proferidos nos blogs dos insatisfeitos com este processo. A questão da associação ao turimo gay, a questão dos plágios que se insinuam ... o que é isto?? o que é que esta gente está a fazer por Cabo Verde? A dar a ideia de que somos todos uns incultos sem capacidade para fazermos o nosso trabalho? Qual é o problema do logótipo ter inspirações noutros? O que é que acontece no mundo da arte? Veja-se Monet e os seus seguidores, veja-se a história de Miró - a inspiração artística é isso mesmo! ... sinceramente não compreendo o que se está a passar com a minha gente - continuamos a passar a imgem de coitadinhos com falhas do foro intelectual e cultural. O que temos que fazer é justamente o oposto!!!!! Temos que nos unir por um único fim: o sucesso do nosso país.
Parabéns ao autor pela forma como está a responder aos insatisfeitos: de forma tranquila e mostrando o trabalho por detrás da sua proposta. Espero poder conhece-lo pessoalmente na minha próxima ída à minha terra.
Parabéns e obrigada a todos quantos defendem a nossa intelectualidade e cultura! Para quem vive fora do seu país isto é um elemento motivador e de orgulho muito grande - passamos melhor o tempo ....
Janine
Boa tarde Hedy Cardoso.
ResponderEliminarSou Mónica Montenegro, a coordenadora do projecto de criação da logomarca do Turismo de Cabo Verde, do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, de Portugal (IPDT).Dirijo-me a si neste espaço para o esclarecer do seguinte:
A entidade que ganhou a proposta de criar o logótipo para o turismo de Cabo Verde e desenvolver a sua marca foi o IPDT, que tem uma equipa altamente capacitada e de elevada experiência internacional, que inclui designers, jornalistas e marketeers. Contudo, conhecendo Cabo Verde e a capacidade intelectual e artística dos seus cidadãos, entendemos que este processo deveria ser socializado - ideia que foi muito acarinhada pelo Cliente, o MTIE/DGT, dando oportunidade aos nacionais para participar, através de um concurso nacional. Esta questão justifica o facto do concurso não ser dirigido a estrangeiros ou a empresas que naturalmente não estariam em pé de igualdade, não tornando o processo justo.O objectivo do concurso de design, para criação da logomarca de Cabo Verde, era envolver todos os cidadãos de nacionalidade cabo verdiana na sua elaboração.Como deve imaginar, seria muito mais fácil para o IPDT criar um logótipo para Cabo Verde, sem ter que passar por este processo, como faz a maioria dos destinos turísticos mundiais - aqui quem teria que aceitar era o nosso cliente MTIE/DGT. Ao não ter feito isto tornamos a nossa prestação muito mais trabalhosa do ponto de vista da gestão de todas as questões inerentes ao mesmo. Aqui sim, não haveria a questão de não haver uma equipa qualificada para o fazer. Mesmo assim, quisemos arriscar, agarrar o desafio e tornar o processo sujeito a comentários menos agradáveis - pois nem toda a gente compreendeu o teor do mesmo! O Júri, também na perspectiva da socialização, teria de ser composto maioritariamente por Cabo-verdianos, sendo que elegemos os profissionais/stakeholders do sector. A parte técnica seria acautelado por nós, IPDT - aliás, nos elementos internacionais esteve presente o Presidente do IPDT, que naturalmente acautelaria todas as questões técnicas que fossem necessárias. O Júri, também teve todo o apoio necessário (dado pela equipa técnica do IPDT), aquando dúvidas do foro técnico para tomar decisões. A Organização Mundial do Turismo também teve presença e, como sabe, também detém elevada competência nas áreas técnicas a que nos referimos. Perante isto, não compreendemos as dúvidas que se referem à tecnicidade e seriedade do processo. Posso garantir-lhe que tivemos propostas tecnicamente brilhantes, e qualitativamente lindíssimas, com um grande cunho de modernidade associado, tornando a decisão do Júri muito difícil. Infelizmente, só uma poderia ganhar e ganhou aquela que se entendeu ser a mais versátil em termos das suas aplicações de acordo com o posicionamento estratégico de Cabo Verde, relativamente ao sector do turismo. Também compreendemos que quem não ganhou tenha ficado triste e insatisfeito, mas quando se entra num concurso é o risco que se corre! Como Directora Executiva do IPDT, marketeer de formação e de experiência profissional em Portugal e no estrangeiro, posso garantir-lhe a si e a todos quanto tenham dúvidas do foro da transparência e tecnicidade do processo que o mesmo foi acautelado a todos os níveis, pois também já sabíamos que iriam surgir contestações e descontentamentos a vários níveis: ou dos concorrentes que se sentiriam injustiçados pelo seu trabalho não ser o vencedor, ou pelo facto de não termos aberto o concurso a empresas que também queriam participar, ou por não termos permitido a participação de estrangeiros, enfim... uma quantidade enorme de reclamações. De qualquer modo, a nossa preocupação é dar uma resposta a uma necessidade premente que é a falta de uma imagem de marca do turismo de Cabo Verde, que está a prejudicar muito o desenvolvimento do destino. (continua abaixo …)
Espero ter sido clara e tê-lo esclarecido quanto às questões que coloca neste fórum quanto á seriedade e tecnicidade do processo. Acredite que qualquer que tivesse sido a decisão do júri, haveria sempre críticas, mesmo que o seu logótipo tivesse sido o vencedor. Só aceita um processo desta natureza quem já teve que organizar um e compreende todas as implicações inerentes ... Acredite... não é tarefa fácil ... mas é um desafio apaixonante! Se um dia tiver oportunidade de no âmbito da sua vida profissional organizar algo do género, não hesite em fazê-lo, pois os ensinamentos são enormíssimos. Termino este comentário apelando a todos quantos entrarem neste fórum a lerem uma das fábulas do La Fontaine intitulada: "O velho, o rapaz e o burro" - A moral da história é bastante esclarecedora, sobretudo para as pessoas com vivências profissionais ricas e, já agora, para quem tem que educar os seus filhos ... esta história serve vários propósitos. Por favor considerem este remate o meu contributo pessoal para toda esta discussão...!!
ResponderEliminarMónica Montenegro
Pois, eu tb ja estou a perder tempo com isto tudo, por isso esse será meu ultimo post sobre o assunto. Podemos sim combinar para um Chopp, ou Imperial, ou Strela, tanto faz o como cada pais chama....
ResponderEliminarMas so queria frisar q Marlboro e Nike sao reconhecidos apenas pelo simbolo hoje, pelo fruto de anos e anos de fixação e liderança de mercado. Quando a marca da nike foi lançada ela era composta pelo simbolo e logotipo. Assim permaneceu por anos e anos...
Abração amigo e aproveite bem a sua rotina de vida, tomar ar, contemplar a natureza, apanhar sol, ver o nosso mar a bater nas nossas rochas, ver as nossas pedras...
Caro RF,
ResponderEliminarAntes de mais, gostaria de te dar os sinceros parabéns pela forma digna, corajosa e elevada com que defendes o teu ponto de vista em relação a este assunto. Ganhaste aqui um admirador sincero (quem sabe vá rusgar o "choppe" assim que souber onde vai ser...;)), precisamos desenvolver em Cabo Verde este espírito de debate sério, honesto e construtivo, sem permitir que resvale pelo lado pessoal. Aqui lamento que alguns participantes tenham descambado para este lado e exorto a todos a te copiarem o gesto de manter as respostas num nível mais elevado.
Contudo, devo dizer-te que não fiquei convencido em relação à adequação do logo aos objectivos estratégicos de Cabo Verde. O ponto central da minha crítica (ver no meu blog) é que não consigo perceber uma relação clara e inequívoca entre a estratégia de desenvolvimento do turismo de CV, a estratégia de marketing que o deverá sustentar (que, aliás, ainda nem sequer foi aprovada!!!) e o teu logo. Este é o meu ponto. Na minha perspectiva, o processo de criação da marca de turismo de Cabo Verde deveria resultar da resposta às seguintes questões, nesta ordem: 1º) o que queremos para CV em termos de turismo? 3º) que princípios devemos adoptar para o seu desenvolvimento? 3º) que objectivos queremos alcançar? 4º) que tipo de turismo/turistas nos permitirão alcançar estes objectivos? 5º) como é este turista? o que pensa? quais são as suas necessidades e expectativas? 6º) temos condições de satisfazer estas necessidades? como? com o quê? a que preço? 7º) o que estão a fazer os concorrentes para satisfazer estas expectativas/necessidades? o que podemos/devemos fazer diferentes? 8º) como devemos então COMUNICAR a nossa oferta a este turista?
O logo é uma das "peças" (mas não a única, naturalmente) que nos permitirá comunicar com este turista. (Repare que não disse "os" turistas, mas "este" turista - o tal que queremos atrair). Subjacente a esta abordagem está a ideia de uma gestão activa do turismo, isto é, de Cabo Verde escolher e atrair o tipo de turismo que lhe permita alcançar os objectivos estratégicos.
É esta a essência da crítica que dirigi (e continuo a dirigir) quando ao processo: não consigo descortinar de imediato este "link", esta continuidade, esta coerência entre os três instrumentos de política. E falo como um leigo em design - assim como, se calhar, 99% dos potenciais turistas a quem o logo se destina! Quando referi no meu blog às semelhanças entre o logo e o do Algarve turístico e ao seu impacto em termos de posicionamento, fi-lo na condição de leigo e, neste contexto, é o que interessa...
A tua resposta às críticas é sobretudo uma resposta técnica. E considero - mesmo não sendo designer - que a defesa foi muito boa e tecnicamente sustentada. Mas o pessoal da área está melhor capacitado para dizer da sua justiça. Mas repito, não me tranquilizaram, do ponto de vista de definição/implementação de soluções e políticas para o sector do turismo. Faltou coerência interna no logo, na perspectiva de enquadramento estratégico. Faltou convencer-me (o logo) a quem se destina e como mostra um Cabo Verde distinto e diferenciado em relação aos concorrentes...
Sorry este longo comentário, RF. Veio na sequência de um pedido de uma leitora do meu blog, de que depois das tuas explicações nós deveríamos ao menos vir a público reconhecer que fomos precipitados. Bem, como expliquei acima, não fui precipitado (respondo por mim, naturalmente) - não é o meu timbre - e mantenho tudo o que disse anteriormente sobre o assunto.
Um abraço, meu caro!
Paulino Dias - www.blogdopaulino.blogspot.com
Só uma "pequena" correcção (retractação) pois acho que se impõe: já li algumas reacções/comentários de pessoas a quem respeito e vejo que algumas delas, possivelmente, entenderam a minha crítica como um ataque às suas críticas (ou seja, como uma maneira de desviar as suas críticas e de abafar/terminar o debate).
ResponderEliminarTenho que reconhecer que não fui suficientemente claro e deixei espaço para que isso acontecesse, por isso faço mea culpa.
Clarificando: o que mais me perturbou mais nesta questão foi ver outros concorrentes que, após conhecerem o resultado do concurso, partiram do resultado para criticar o processo. Algo que para mim não é ético, e nem faz sentido, pois um concorrente não pode ao mesmo tempo ser jogador e árbitro. Para ser mais claro ainda, a maioria das críticas era algo do tipo "a proposta vencedora não pode ganhar pois, se a minha proposta não é melhor do que ela, conheço outras que de certeza são. Por isso, o processo está viciado."
Era esse o principal alvo do meu desabafo. Ou seja, a meu ver, os concorrentes deviam deixar as críticas ao logótipo vencedor para quem não estivesse directamente envolvido, pois há um claro conflito de interesses. O que os outros concorrentes podem e devem contestar são as (eventuais) falhas e incongruências no decorrer do processo. E, nesse aspecto, a única crítica que li e que me pareceu legítima foi a dos atrasos no cumprimento dos prazos. As outras, composição do júri, etc, deviam ter sido feitas antes do término do concurso, pois não podemos aceitar as regras do jogo para depois, se as coisas não correrem à nossa feição, contestá-las.
Quanto às críticas dos que não estavam envolvidos no processo, e que deram a sua cara à sua apreciação, esses têm, na minha opinião, toda a legitimidade para fazer as críticas que bem entenderem (processo, logótipo, etc). Nesse ponto, quero fazer duas menções (espero que me perdoem, mas se eu não disser aqui os nomes ficamos sempre pelas indirectas):
Primeiro, ao Amílcar Tavares, pessoa a quem respeito imenso, embora não o conheça (tenho uma divergência ideológica de fundo com ele, o que não me impede de dizer a todos os meus amigos que ele tem, de longe, o melhor blog caboverdiano, embora isso não venha ao caso, mas pronto fica dito).
O Amílcar, pelo que parece, está agora a ser alvo de ataques anónimos quando, a meu ver, foi um dos mais correctos nesta questão (como o é quase sempre). A única coisa com a qual discordaria dele é que acho que foi precipitado ao fazer o salto para a acusação de plágio. Mas, como é óbvio, tem direito à sua opinião.
Quanto à questão do plágio, eu não quero entrar nessa discussão e só direi que, embora não seja designer, já trabalhei com alguns e sei como é que é praticamente impossível provar um plágio nesta matéria (a não ser que o logo fosse transportado tal como está, ou, não o sendo, que as cores fossem absolutamente iguais e a font absolutamente a mesma).
Segundo, ao Emílio Rodrigues, pessoa com a qual já tive a oportunidade de privar, em algumas ocasiões, mas que conheço, através de conhecidos, como pessoa muito frontal. O Emílio está, também, ao que parece, a ser alvo dos anónimos (o que como todos sabemos é sintomático, enfim). Aqui devo dizer que partilhei em geral da sua crítica ao processo e, quanto à sua crítica ao logótipo, a meu ver, ele terá todo o direito de a fazer pois não está envolvido no processo.
O lugar onde discordaria dele, tirando a questão do plágio (que acho que já respondi antes), foi aquando da introdução da ligação ao turismo gay, e aqui discordo frontalmente dele, pois isso só serviu para enfraquecer a sua posição e, mesmo que quisesse (hipoteticamente) apoiar uma petição, essa questão foi o suficiente para afastar-me irremediavelmente da que ele introduziu.
Pronto, fica aqui a minha modesta contribuição ao debate que, como disse antes, espero que continue (bom, tinha dito começa, mas, é verdade, já tinha começado). ;-)
1 love
P.S. Já agora, queria dizer-te, Rafael, que depois de ver o conceito já estou a 90%. :-)
Salim, qdo for divulgada a tridimensionalidade espacial associada ao logo (às letras e às ilhas), aí vais gostar a 100% ;)
ResponderEliminarOs elementos do logo (letras e símbolos) parecem estar sobrepostas apenas em 2D, mas não é só 2D! ;)
Acho que a melhor crítica que recebi do logo foi esta: "1º estranha-se pela aparente simplicidade, depois entranha-se".
Aos mais cépticos, digo: Dêm o benefício da dúvida ... minha visão é de FUTURO!
Acreditem que não estão perante "trabalho amador". Já são quase 20 anos de intenso trabalho, investigação e desenvolvimento. Tenham confiança!
"1 love"
Adoreii!!! PARABENS DiBooks!! =D
ResponderEliminarAcho que não tens nada que explicar. o problema é da DGT, o logo é deles. Tas a interar-te ainda mais com as tuas explicações.
ResponderEliminarTu fizeste o teu trabalho (logotipo). se serve ou não para o turismo, a DGT é que decide, achou que sim pronto. eles que se desenrasquem.